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Glutamina – o que é, benefícios, alimentos, como usar e indicações!

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A glutamina é um aminoácido não essencial e representa 2/3 dos aminoácidos presentes na musculatura. A maioria da glutamina na corrente sanguínea é produzida pelos músculos e alguns órgãos, como o fígado.

Muitos dos outros aminoácidos, especialmente os BCAAs, atuam como precursores. Estudos mostraram que o aumento da hidratação muscular pode afetar o crescimento; quanto maior a hidratação, maior o ritmo da síntese de proteínas (também por isso é aconselhável beber muita água). Logicamente, a diminuição do volume celular é fortemente catabólica. Ela também é capaz de aumentar a hidratação muscular.

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Ela está envolvida em vários processos metabólicos e na manutenção do sistema imune. Conquanto, as pesquisas científicas mostraram que os níveis desse aminoácido no corpo caem em cerca de 50% após intensa atividade física, expondo-nos à perigosa presença de radicais livres.

O que é glutamina?

É um aminoácido não essencial CFH10N203, ou seja, um elemento formado a partir de cinco átomos de carbono que o corpo é capaz de produzir de forma independente a partir de outros aminoácidos tais como a arginina e ornitina.

A síntese desse aminoácido ocorre a nível muscular, a zona em que a substância está presente há mais de 60%, ou pode ter lugar a partir de glutamato graças à ação da enzima glutamina sintetase (elimina o grupo de carbono glutamato definitiva e substitui o carboxilo por um ião amônio).

Doses e método de uso:

Conforme proposto pelos vários órgãos internacionais de saúde pública e adequadamente documentados na literatura, as dosagens podem variar significativamente dependendo dos objetivos. Nos esportes, por exemplo, o intervalo ideal parece estar entre 1,5 e 4 g por dia.

Na prática clínica, no entanto, as dosagens podem crescer significativamente e chegar a 8 g por dia no caso da quimioterapia ou terapia de radiação, ou 21 g/dia no caso de grandes queimaduras, trauma ou outras doenças relacionadas com um grave estado de caquexia ou imunossupressora.

A fim de melhorar a absorção e reduzir a ocorrência de potenciais efeitos colaterais, recomenda-se dividir a dose total em várias doses diárias.

Como usar glutamina?

A glutamina deve ser usada com cuidado especial e sob a supervisão do médico, considerando que a sua dosagem no corpo depende dos objetivos a serem alcançados.

Sem pretender ser exaustivo e reiterando a necessidade de discuti-lo com seu médico, lembre-se que no campo esportivo geralmente são recomendadas dosagens entre 1,5 e 4 g diários, enquanto nas doses clínicas também pode ser muito maior e atingir 8g diariamente no caso de quimioterapia ou radioterapia, ou 21 g diariamente no caso de grandes queimaduras, traumas ou outras doenças relacionadas a um estado caquético grave ou imunodepressivo. Contudo, a dosagem é, em qualquer caso, subdividida ao longo do dia, utilizando múltiplas doses divididas.

Nos esportes, sugere-se a dosagem antes do treinamento – junto com os carboidratos, para otimizar o desempenho e reduzir o dano oxidativo induzido pelo exercício físico intenso. Após o treinamento, com açúcares simples e aminoácidos de cadeia ramificada, ela poderia servir para otimizar a fase de recuperação muscular. Jejum, possivelmente antes de ir dormir, para estimular a secreção de GH. Contudo, veja a seguir mais sobre a atividade física x glutamina e como usá-la:

  • Pré-treino, juntamente com carboidratos, para otimizar o desempenho e reduzir o dano oxidativo induzido pelo exercício físico intenso;
  • Pós-treino com açúcares simples e aminoácidos de cadeia ramificada, para otimizar a fase de recuperação muscular.
  • Um rápido lanche, possivelmente, antes de dormir, para estimular a secreção de GH.

Glutamina e esporte:

A glutamina mantém uma relação privilegiada com atletas com o corpo submetido a trabalho muscular excessivo, pois requer uma proporção mais elevada deste aminoácido não essencial.

Essencialmente, o aumento das necessidades promove a ingestão de um suplemento de glutamina, a fim de eliminar as toxinas e o ácido que se formam durante o treino, fornecem energia e evitam o catabolismo muscular.

O fato de o aminoácido facilitar a formação de glicogênio muscular e elevar a glicose no sangue possibilita aproveitar o suplemento alimentar de glutamina no caso de esportes que envolvem o desenvolvimento e a construção de massa muscular:

  • Musculação (desenvolvimento de massa e aumento de resistência);
  • Andar de bicicleta (gotas fisiológicas após pedalar);
  • Natação (aumentando a resistência e melhorando o desempenho).

Benefícios da glutamina para saúde:

1. Controla a massa magra:

O uso que o nosso corpo faz dessa substância é proporcional à intensidade da atividade física. Portanto, quanto mais intenso o treinamento, maior o requerimento de glutamina. Alguns estudos registraram que indivíduos saudáveis ​​perderam massa magra e aumentaram o estoque de gordura após 4 semanas de treinamento intenso, todos porque tinham baixos níveis de glutamina.

2. Ajuda na síntese de proteínas:

Ela está envolvida em quase todos os processos bioquímicos, desde a síntese de proteínas até a desintoxicação. Enfim, por exemplo, a ela é a principal fonte de combustível imune e milhões de células que fazem parte do trato intestinal, responsáveis ​​por 40% do consumo de reservas de glutamina.

3. Reduz o estresse:

Reduz o estresse pós-treino dos músculos.

4. Melhora o funcionamento do fígado:

É o principal precursor do mais poderoso antioxidante do corpo humano – glutationa, responsável pelo bom funcionamento do fígado – e do ácido fólico – que combate anemia e doenças cardiovasculares.

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5. Beneficia o cérebro:

No fígado, ela é utilizada na síntese de ureia e glicose. Assim, o cérebro a utiliza como um precursor de neurotransmissores, substâncias responsáveis ​​pela comunicação entre as células.

6. Ajuda no pós-treino:

Manter altos níveis dessa substância é vital para os processos anabólicos. Ademais, a síntese proteica é proporcional aos níveis de glutamina nas células musculares. Quando diminuem, a capacidade de recuperar-se do treinamento muscular também diminui.

7. Combate doenças:

A menor doença pode exigir do organismo mais glutamina do que pode assimilar em seu estado. Contudo, uma simples influência é suficiente para diminuir os níveis de glutamina no nosso corpo. Infecções, um fraco sistema imune, um mau desempenho atlético, o aumento da massa gorda e perda de massa magra estão ligados aos baixos níveis.

8. Transporta nitrogênio:

Ela é o principal meio de transporte de nitrogênio e amônio do músculo esquelético para os órgãos viscerais e vice-versa. Assim, ela desempenha estas três funções na maioria dos órgãos: 1) serve como um intermediário no processo de desintoxicação, 2) é uma fonte de amida de azoto para a biossíntese de péptidos importantes e 3) participa na formação de purinas e pirimidinas, os blocos de construção de RNA e DNA.

9. Beneficia na atividade física:

Durante a atividade física, o corpo entra no estresse metabólico e recorre às reservas disponíveis. Sem a constante síntese de glutamina, as reservas deste aminoácido seriam esgotadas dentro de 7 horas ou menos. Vários estudos mostraram que, neste período, o corpo necessita de mais glutamina do que normalmente está disponível.

10. Aumenta os linfócitos:

Quando você está doente, tomar um suplemento de glutamina aumenta a quantidade de linfócitos T no sangue, os principais agentes de defesa do corpo. Ademais, aumenta a função dos neutrófilos (classe de células sanguíneas que fazem parte do sistema imunológico) na destruição de bactérias.

Alimentos ricos em glutamina:

Como todos os aminoácidos não-essenciais, ela é absorvida pelo corpo por meio de nutrição, especialmente alimentos ricos em proteínas. Contudo, isso significa que o leite e seus derivados, frutas secas, carne e legumes (soja e feijão) fornecem ao organismo a quantidade certa de glutamina.

A biodisponibilidade do aminoácido aumenta em função da ingestão de vitamina C ou alimentos com alto valor glicêmico.

Indicações:

A utilidade da suplementação com glutamina está intimamente associada ao escopo da aplicação. Entretanto, no cenário clínico, ela é usada como agente:

  • Imunomodulador;
  • Catabólico;
  • Antioxidante;
  • Mucoprotettivo.

No esporte, entretanto, a glutamina é atribuída às propriedades ergogênica, anticatabólica e mioprotetora. Portanto, isso tudo seria devido ao precioso papel biológico.

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Efeitos colaterais:

O uso de glutamina foi geralmente considerado seguro e bem tolerado nas doses sugeridas. Mas o aparecimento de distúrbios abdominais transitórios, como inchaço e constipação, tem sido raramente observado.

Em pacientes psiquiátricos, entretanto, o uso, mesmo em baixas doses de glutamina, teria, segundo alguns autores, exacerbado a sintomatologia maníaca.

Precauções:

O uso de suplementos de glutamina deve ser evitado, ou estritamente supervisionado por um médico, durante a gravidez e lactação. Afinal, precauções semelhantes devem ser reservadas para pacientes com insuficiência renal ou doença hepática.

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