Bulas e Remédios

Morfina – para que serve e como usar!

Por Alan Costa, em 02/06/2018 (atualizado em 07/02/2024)
morfina

O morfina é um remédio analgésico da classe dos opióides, que tem um potente efeito no tratamento da dor crônica ou aguda muito intensa. Como dor pós-cirúrgica, dor causada por queimaduras ou por doenças graves, como câncer e osteoartrose avançada, por exemplo.

Este medicamento pode ser comprado nas farmácias convencionais sob a forma de comprimidos, solução oral ou injetável, com o nome comercial de Dimorf, MS Long ou MST continus, por exemplo, no entanto, é necessária receita médica especial, já que o seu uso indevido por trazer riscos à saúde do paciente, como desmaios ou coma, além de poder causar dependência.

Ao ouvir essa palavra, as pessoas a associam imediatamente à droga ilícita. Não lembram que a substância é um potente analgésico, responsável pelo alívio de milhares de pessoas cujos organismos já não respondem a outros medicamentos. Isso não significa, é claro, que seja inofensiva.

A Morfina é a mais de uso geral como meio de fornecer o alívio das dores. Contudo, os efeitos secundários da morfina variam um tanto e quando alguns dos efeitos adversos vistos com terapia inicial forem a curto prazo, outro podem ser a longo prazo, especialmente quando a droga é usada sobre umas durações mais longas do tempo.

Como a Morfina Age no Corpo:

Os opioides são agonistas geralmente recebidos pelos neurônios de algumas zonas do cérebro, medula, sistema intestinal, neural e medula espinhal. Estes receptores são importantes na regulação natural da dor e na sensação de dor no corpo. Os opioides endógenos como a endorfina e encefalina são os neurotransmissores.

Que agem com as substâncias opiáceas como no caso da morfina. Alguns desses receptores tem propriedades analgésicas como os denominados ‘Mu’, além dos receptores K e Delta. Cada receptor é ligeiramente semelhante ao outro, mesmo que cada um atue numa área diferente.

Efeitos Colaterais da Morfina:

Os principais efeitos colaterais da morfina incluem tonturas, euforia, cansaço, dor de cabeça, insônia, vertigens, náuseas, transpiração excessiva, agitação, boca seca, diminuição do apetite, prisão de ventre, cólicas, diminuição do batimento cardíaco, desmaio, dificuldade para urinar, redução da libido, dificuldade para respirar ou parada respiratória.

Além disso, o uso de uma dose elevada deste medicamento pode causar sonolência e dificuldade respiratória. O que deve ser tratado na emergência com cuidados médicos intensivos e o antídoto específico, chamado Naloxona. Confira os principais perigos do uso de remédios sem indicação médica.

Quem Não Deve Usar Morfina:

A morfina está contraindicada para pacientes que apresentem situações como dificuldade grave na respiração, depressão do sistema nervoso central, insuficiência cardíaca secundária, crises de asma brônquica, arritmia cardíaca, doença pulmonar crônica, lesões cerebrais, tumor cerebral, alcoolismo crônico, tremores, obstrução gastrintestinal e íleo-paralítico, doenças que causam convulsões ou que tenham hipersensibilidade à morfina.

Morfina Como Usar:

A dose deve ser individualizada pelo médico de acordo com a gravidade da dor, levando-se em consideração a idade, o peso do paciente e seu tratamento farmacológico anterior.

Posologia: 05 a 30 mg cada 4 horas ou segundo orientação médica. A dose máxima diária recomendada depende do estado clínico do paciente e da sua tolerância ao fármaco. Para a maioria dos pacientes, esta dose se situa em torno de 180 mg/dia. Além disso, o ajuste crescente desta dose depende de uma avaliação médica criteriosa.

Doses não recomendadas podem levar a ocorrência de eventos adversos. Além disso, para a dor de pacientes terminais deve-se montar um esquema posológico a cada 4 horas até encontrar o nível desejado de analgesia. Caso o paciente esteja recebendo outros analgésicos narcóticos, equilibrar as doses de modo a alcançar a analgesia necessária.

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