Doenças

Hiperglicemia – Causas, Sintomas e Tratamentos

Por Alan Costa, em 21/06/2017 (atualizado em 11/11/2019)

Hiperglicemia – Causas, Sintomas e Tratamentos que poucos sabem. Além disso, o alto nível de açúcar no sangue (Hiperglicemia) afeta pessoas com diabetes. Vários fatores podem contribuir para a Hiperglicemia em pessoas com diabetes, incluindo escolhas de alimentos e atividades físicas, doenças, medicamentos para não-diabetes, ou salteando ou não tomando medicação suficiente para baixar a glicose.

É importante tratar a Hiperglicemia, porque se não tratada, a Hiperglicemia pode tornar-se grave e causar complicações graves que requerem cuidados de emergência, como um coma diabético. A longo prazo, a Hiperglicemia persistente, mesmo que não grave, pode levar a complicações que afetam seus olhos, rins, nervos e coração.

Causas da Hiperglicemia: Embora esteja habitualmente associada ao diabetes, a Hiperglicemia pode ser provocada por outros fatores, como a preocupação excessiva e a atuação de alguns medicamentos.

  • Diabetes: A causa mais comum da Hiperglicemia é o diabetes, doença que afeta mais de 10% da população mundial. Somente no Brasil 13 milhões de pessoas sofrem com as complicações associadas ao descontrole da glicemia do sangue. O diabetes pode causar Hiperglicemia tanto pela falta de insulina (como no caso do esquecimento ou a aplicação de uma quantidade menor que a necessária do hormônio) como pela dificuldade das células de “reconhecerem” o hormônio. Quando isso ocorre, não há como as moléculas de glicose passarem pela membrana das células, e elas acabam se acumulando no sangue. De maneira extremamente simplificada, é como se a insulina fosse o manobrista que coloca o carro (a glicose) dentro da garagem (a célula).
  • Estresse: A ocorrência de Hiperglicemia sem o diabetes é também conhecida como Hiperglicemia induzida pelo estresse. Em algumas doenças (como complicações cardíacas) e situações de grande agitação e nervosismo (como em discussões e reuniões extremamente tensas), o corpo libera os chamados “hormônios do estresse”, cuja função é nos deixar em estado de alerta. O mecanismo não faz muito sentido nos dias de hoje, mas é uma herança dos tempos em que nossos ancestrais passavam boa parte do dia fugindo de potenciais predadores. Ao perceber um perigo iminente, o cérebro envia um sinal para as glândulas adrenais (ou suprarrenais) a fim de aumentar os níveis de cortisol e adrenalina na circulação.
  • Medicamentos: Alguns remédios, como os betabloqueadores (utilizados no tratamento de complicações cardíacas), esteroides, antidepressivos e os diuréticos podem causar uma elevação nos níveis de açúcar no sangue.
  • Outros: A Hiperglicemia também pode ser causada pelo excesso ou falta de atividade física, infecções (como a gripe), exagero à mesa (refeições repletas de carboidratos) e alterações hormonais.

Sintomas da Hiperglicemia: Ao contrário da Hipoglicemia, que tem início súbito, a Hiperglicemia começa a aparecer aos poucos- após dias ou semanas. Os sintomas da Hiperglicemia costumam ser notados apenas quando os valores da glicemia ultrapassam 200 ml/dL. Quanto mais tempo a glicose ficar acima do ideal na circulação, mais sérios serão os sintomas. A exceção pode ficar por conta de portadores de diabetes do tipo 2, que podem demorar ainda mais para apresentar os sintomas listados abaixo.

Confira quais são os Sintomas da Hiperglicemia em Estágio Inicial:

  • Presença de açúcar na urina.
  • Urinar frequentemente (sobretudo à noite).
  • Sede constante.
  • Visão embaçada.
  • Fadiga.
  • Dor de cabeça.

Quando a Hiperglicemia não é tratada, corpos cetônicos podem se acumular no sangue e na urina, cujos sintomas incluem:

  • Enjoo e vômitos.
  • Falta de ar.
  • Hálito adocicado.
  • Sonolência.
  • Tontura.
  • Cansaço.
  • Boca e pele secas.
  • Perda de peso.

Portanto, se não for diagnosticada e tratada, a Hiperglicemia pode evoluir para um quadro de coma, também conhecido como cetoacidose diabética.

Tratamento Para Hiperglicemia: Como a Hiperglicemia, muitas vezes, está atrelada a um quadro de diabetes, conversar com o seu médico sobre maneiras de controlar a taxa de açúcar em seu sangue é fundamental. Dentre as sugestões que ele pode te dar, estão:

  • Exercícios Físicos: Fazer exercícios regularmente é uma forma muito efetiva para controlar a taxa de glicose no sangue. Porém, se você apresentar quadro de cetoacidose (cetonas em excesso que surgem na urina ou sangue, por conta da insuficiência de insulina), não se exercite, pois a atividade pode elevar ainda mais a glicose em seu organismo.
  • Tomar a Medicação Corretamente: Se você possui quadros de insulina de forma recorrente, o seu médico poderá reajustar a dosagem ou o horário em que deverá ser tomada.
  • Seguir a Sua Dieta: Pessoas diabéticas necessitam de uma dieta específica, onde comer menos e evitar bebidas açucaradas ajuda no controle da glicose, e muito. Caso você tenha dificuldades para seguir essa dieta, peça a ajuda de seu médico ou, se preferir, de um nutricionista.
  • Verificar a Taxa de Glicose no Sangue: Ficar de olho em seu nível de glicose é muito importante. Para isso, pode-se utilizar aparelhos caseiros, não precisando ir até o médico para a avaliação. A verificação se faz mais importante ainda quando você está doente ou desconfiado de um quadro de Hipoglicemia ou Hiperglicemia.
  • Ajustar a sua Dose de Insulina: Um ajuste na dose de insulina ou o uso de um suplemento de insulina de ação curta pode ajudar no controle da Hiperglicemia. Converse com o seu médico sobre essas opções.
Atenção! NUNCA se automedique ou interrompa o uso de um medicamento sem antes consultar um médico. Somente ele poderá dizer qual medicamento, dosagem e duração do tratamento é o mais indicado para o seu caso em específico. As informações contidas nesse site têm apenas a intenção de informar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um especialista ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Siga sempre as instruções da bula e, se os sintomas persistirem, procure orientação médica ou farmacêutica.
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